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Reformulação do Pátio do Discente 1 da FCT-UNESP

 

 

 

Alunos: Yanne Nigro Torres

     André Abreu de Rezende

     Luana C. Carvalho de Oliveira

     Marina Mendonça Ferreira

     Patrícia Missae Takaki

 

Orientador: Prof. Dr. Evandro Fiorin

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

           

             O projeto de redesenho do pátio interno de um dos Blocos de Salas de Aulas e Laboratórios da UNESP – Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – Campus Presidente Prudente foi solicitado ao NAU – Núcleo de Projetos Arquitetônicos e Urbanos[1] da FCT – Faculdade de Ciências e Tecnologia da UNESP pela direção da unidade, no sentido de melhorar a qualidade dos espaços e a ocupação humana do “miolo” do edifício recentemente reformado[2]. Este prédio é bastante importante para a história da faculdade, pois foi um dos primeiros a serem construídos e recebeu, no início da década de 1970, no auge da ditadura militar, um grande mural de 3,60 por 1,60 metros em sua entrada principal (que se abre para o pátio), pintado pelo artista plástico Cirton Genaro, também, a pouco tempo restaurado[3].

 

            Nesse sentido, por esses motivos, o projeto do redesenho do pátio interno deste edifício se fazia necessário para complementar e guarnecer as obras já instauradas no local, além de também colaborar para ganhos espaciais para os frequentadores do lugar, já que abriga algumas salas de aula (o Ateliê de Projetos que se abre para o pátio) e diversos laboratórios da instituição, bem como o próprio espaço do NAU. Desta forma, os alunos bolsistas e voluntários do NAU envolvidos nessa ação projetual tinham para si uma experiência única: redesenhar o seu espaço de convívio da universidade.

 

            Diante dessa oportunidade, para o desenvolvimento desse redesenho levamos em conta a ideia de pesquisa-ação (THIOLLENT, 1986, p. 16) tendo em vista que o trabalho de projeto em si deveria ser coletivo e participativo. Dessa forma buscamos integrar vários discentes representantes de diversos anos do Curso de Arquitetura e Urbanismo da UNESP, do centro acadêmico e da empresa júnior, além de permitir a participação e opinião dos funcionários, docentes e outros discentes da instituição. Com esse intuito a proposta objetivou um desenho que tinha como intenção possibilitar uma maior apropriação do espaço por todos os usuários, e que não fosse apenas um espaço “trancafiado” de contemplação. Logo preconizava-se poder atravessar de um lado ao outro pelo “miolo” da edificação, além da permanência no referido pátio. A busca por novos materiais, ecológicos, baratos e de fácil acesso, também foi uma das necessidades que se propôs alcançar.

 

 

 

[1] O NAU colabora para consolidar o curso de Arquitetura e Urbanismo reforçando sua inserção social e comunitária, uma vez que sua produção se orienta para a realização de projetos voltados a instituições municipais, estaduais, entidades civis e religiosas, autarquias, fundações, organizações sem fins lucrativos, comunidades e prefeituras municipais da região do Oeste Paulista, com a finalidade de aprimorar a qualidade de vida da população. Com seu viés extensionista, o aluno da graduação tem a possibilidade de exercitar a futura profissão em um espaço que permite aos docentes e discentes, bolsistas e voluntários serem, sobretudo, parceiros no desenvolvimento de pesquisas e da concepção projetual. Deste modo, busca desmistificar a aprendizagem de projeto de arquitetura e urbanismo, diante da dicotomia existente entre: o que ensina e o que aprende; pois estimula e tem como pressuposto uma maior troca de experiências. O aluno da graduação que participa de quaisquer das atividades projetuais do NAU deixa de ser um mero aprendiz para se tornar um agente importante, pois adquire responsabilidades. Cf. FIORIN, E. (org.). Espaços projetados a partir da extensão: as experiências do núcleo de projetos arquitetônicos e urbanos – Unesp /Presidente Prudente. São Paulo, Cultura Acadêmica, 2014, p. 13.

 

[2] O edifício do antigo Colégio de Aplicação foi construído na década de 1960 defronte à Estação Meteorológica (a primeira construção efetiva do Campus da UNESP de Presidente Prudente, ao lado do atual Campo de Futebol), no terreno que fora o DEMA – Departamento Estadual de Mecanização Agrícola. Nesse pavilhão, se acomodou todo o embrião do que seria a Faculdade de Ciências e Tecnologia, anos mais tarde. Cf. ALEGRE, M. Faculdade de Ciências e Tecnologia Ontem... Faculdade de Ciências e Tecnologia Hoje. Uma trajetória de 47 anos (subsídios para uma história oral). Presidente Prudente, FCT, 2006, p. 23.

 

[3] O painel “Breve História do Homem” foi um presente do autor e uma homenagem à Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Presidente Prudente, onde este realizou seu curso de Ciências Sociais. “Em depoimento, entregue por escrito, o artista afirma que o desejo, na época da realização do painel, era o da expressão de sentimentos e ideias, num contexto de repressão política e de patrulhamento. O painel seria iluminado de forma a parecer escultórico, um friso, um marco quase monumental, que atestasse a reflexão crítica que existia na instituição, em tempos contrários a tais iniciativas intelectuais.” Cf. VERMEERSCH, P. Artista plástico restaura mural em Presidente Prudente. Disponível em: Portal FCT-UNESP.

<http://www.unesp.br/portal#!/noticia/13146/artista-plastico-restaura-mural-em-presidente-prudente/>. (Acesso: 12 de agosto de 2014). 

 

 

 

 

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